Se você está aqui, é provável que já tenha sentido o peso emocional que o narcisismo materno impõe. Eu sei como é.
Minha jornada também começa com uma mulher que foi ferida: minha mãe.
Ela foi criada pela minha avó, uma pessoa narcisista. Quando chegou sua vez de ter filhos, havia duas opções à sua frente: romper o ciclo da dor ou replicar o comportamento destrutivo que ela conhecia tão bem.
O caminho mais difícil era romper esse padrão. Exigia força, autoconhecimento, e um esforço imenso para mudar algo profundamente enraizado. Infelizmente, minha mãe escolheu o caminho mais curto — e, ao fazer isso, plantou uma semente amarga.
Anos depois, essa semente cresceu e gerou frutos ácidos. Hoje, somos três irmãos adultos tentando consertar os corações partidos, cada um de nós lutando para se libertar das amarras de uma família disfuncional. Crescemos em um ambiente onde amor e aprovação eram condicionais, e isso moldou a forma como vemos o mundo.
Mas, e o meu pai? Bem, ele e minha mãe se separaram quando eu tinha apenas dois anos de idade e, após a ruptura com ela, passou grande parte da minha vida ausente, então não há muito o que falar sobre a figura paterna por aqui.
Voltando à minha mãe, recentemente meu irmão à questionou do porquê ela continuar caminhando nesse deserto árido, dado que o prejuízo para a família era nítido. A resposta foi curta e reveladora: "É só assim que eu sei fazer”.
A verdade? Eu passei 32 anos da minha vida acreditando que havia algo errado comigo! Eu me culpava por tudo: pelos silêncios, pelas brigas, pelos sentimentos de inadequação que nunca desapareciam. Até que, um dia, eu ouvi uma palavra que transformou completamente a minha visão de mundo: narcisismo materno.
E foi nesse momento que tudo começou a fazer sentido.
Você não está só.
Se você tem uma mãe narcisista, saiba que não está só! Esse blog foi criado para compartilhar a minha experiência e ajudar outras pessoas que, como eu, viveram anos em meio à confusão emocional causada por esse tipo de relacionamento tóxico.
O que aprendi até agora é que há luz no fim do túnel, mesmo que, às vezes, seja difícil de enxergar. Aqui, vou te contar minha história, dividir reflexões e te oferecer ferramentas para que você possa reconstruir sua vida e quebrar o ciclo de dor.
E, claro, esse é um espaço para diálogo. Quero ouvir suas histórias, suas dúvidas e seu caminho. Em conjunto, podemos descobrir formas de curar as feridas deixadas pelo narcisismo materno. Deixe um comentário abaixo e me conte um pouco da sua experiência — esse é um lugar de acolhimento e nenhum julgamento.
Olá, estive conversando com uma amiga sobre uns episódios recentes que aconteceram na minha vida, e ela me questionou se o que tinha acontecido não seria narcisismo da parte da minha mãe. Ao ler o seu relato me deparei com a semelhança, entre a história da sua mãe e a história da minha. Só que diferente da sua mãe, a minha tentou romper esse ciclo através do amor, mas creio que por ter tido uma vida muito dura, ela não consegue ser tão amorosa em vários aspectos, e o pior, é mais amorosa com quem mais faz ela "sofrer", no meu caso, fui a filha que quase não deu trabalho, mas que tenho até hoje o excesso de cobranças sobre os ombros, uma desvalorização por parte das coisas que faço (para ela é o mínimo), e toda vez que ocorre uma discussão ela passa algo na minha cara. Já conversei bastante com ela, falando que certas coisas nas atitudes dela me machucam. Ela vai e me pede desculpas, mas depois torna a fazer tudo novamente. :(